segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

A Morte de Bolsonaro




Capítulo I: A Inevitabilidade da Queda

Epígrafe: "Mas deixarei no meio de ti um povo humilde e pobre; e eles confiarão no nome do SENHOR." Sofonias 3:12


Eu não estou de brincadeira, e brinco. O bolsonarismo está com os dias contados. Eu repito: O bolsonarismo está com os dias contados. Na carona da crescente onda anti-Trump, que,  há pouco tempo superará e vencerá democraticamente a ordem neofascista caótica que se instalou momentaneamente (através de brechas psicossociais de cunho efêmero).

Simples, é como se diz na frase "cuspir no prato que comeu"; a aceleração desse processo de mudança no pêndulo semi arrítmico político se dá e se dará através da marcha dos processos capitalistas, produtos mercadológicos, tecno-científicos e informacionais; uma convergência que fará com que pontos divergentes nos contextos socioeconômicos e geopolíticos ocidentais (sobretudo em países ditos democráticos como o Brasil e Estados Unidos) encontrem uma balança mais justa.

Logo as novas gerações, mais preparadas e atualizadas (que conseguem digerir e interpretar informações com maior sensibilidade, discernimento e clareza) naturalmente e consequentemente tomarão (e tomam) posições favoráveis àquelas que sejam, alinhadas aos esquerdismos, aos centros e aos neocomunismos brasileiros e aos liberais políticos e democratas dos EUA.

A direita e as extremas direitas vão e estão se adaptando obviamente, se hibridizando, se transacionando e se travestindo em cinquenta tons, mas, a guerra está perdida, se é que o que existe ai pode ser considerada uma guerra, há muitos falsos conflitos e etc., gente da mesma banda tocando levemente em desarmonia e farinhas dos mesmos se debatendo, pra falar a verdade. É um jogo que a natureza comanda e os homens tentam tolamente marcar as cartas.

No ciclo natural das coisas, o eleitorado dessa direita que se intrometeu ai, vem se desvanecendo, seguindo tendências fragmentadoras, até pelo seu caráter estrutural de caótica, impulsionada pela péssima representabilidade, devotada às bases, inclusive; representantes que agem como ídolos estranhos que embora suguem o voto dos apoiadores para obter poder, invertem o ato da devoção; portanto, dão constantemente passos no escuro.

Desse quadro se configura uma multitude de interesses que geram conflitos de egos, excessos e loucura megalomaníaca; ingredientes que, corroboram na manutenção de uma união mornamente unida; uma coisa frágil que sempre estará na beira de atirar no próprio pé.

O indício mais divertido: a própria sinalização cultural pelas redes sociais, música, literatura e cinema ajuda a minar o fascismo de direita; ou seja, toda essa moda e nostalgia dos anos 60, 70, 80 e 90 cultivada por corporações como Adidas, Nike, Marvel e Netflix; durante todos os anos 2000s e 2010s, enfincam a estética da contemporaneidade como o suprassumo superior às visões arcaicas e ditas 'bregas' como "o ser macho", patriarcalismo e masculinismo.

Movimentos retrô e de remistura cultural tomaram conta da internet, lar de memes como o gênero musical vaporwave, as séries Stranger Things e Everything Sucks, os filmes Guardians of Galaxy, Star Wars, Han Solo e Capitã Marvel e sites/redes arquivadores baseados em nostalgia como o Way Back Machine e Tumblr.

Todo mundo parece que quer reviver hoje em dia, vivemos na era do revival. Além de tudo isso, a direita extrema é castigada sem esforço por bandeiras, que com o poder da amizade e sapatinhos de algodão, fazem um verdadeiro estrago, é a famigerada turminha do barulho: propostas sobre diversidade, temas sobre direitos humanos e a existência persistente da sociedade civilizada democrática de bem-estar.

Capítulo III: A Roupa Nova do Príncipe

Epígrafe: "Eis que a sua alma se incha [...] Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos, para por o seu ninho no alto [...] Eis que não vem do SENHOR dos Exércitos que os povos trabalhem para o fogo [...]" Habacuque 2:44;7;9;13

Na peleja por votos, poder político e bufunfa, hoje em dia (?), tá valendo quase tudo. Enquanto os autodenominados conservadores, neonazistas e direitistas "cristãos" (homens de bem) utilizam as tradicionais estratégias do choque, das guerrinhas, das guerrilhas, da barbárie e da invenção e divulgação de mentiras descaradas; todos lidam com a absurda previsibilidade das crenças e mentalidades dos ativistas e simpatizantes de esquerda, que, semelhantemente com o que ocorre com direitistas, mas com uma dinâmica diferente, acabam acreditando e seguindo religiosamente somente aquilo que alguns grupos de intelectuais, think tanks, jornalistas, certos famosos, veículos de comunicação e certas empresas pregam, dentro da caixa ideológica que eles defendem, não havendo espaços assim para um amplo diálogo, aprofundamento, expansão ou soluções genuinamente funcionais para os problemas.

É evidente que os incontáveis escândalos de corrupção jogaram contra o PT, o MDB e outros partidos que representariam a "velha política" no Brasil, a ganância insaciável para o enriquecimento fácil fez "heróis" darem punhaladas em si mesmos e traírem milhões de brasileiros. Em contrapartida, quem chegou se vendendo como uma novidade e solução no cenário político, está até o pescoço envolvido com conexões espúrias movimentações bancárias suspeitas, manipulação fraudulenta de eleitorado, problemas com taxas e pagamentos ilícitos, como fora no caso de Donald Trump, que se vê sempre auto-ameaçado por um impeachment 'iminente', ou algo pior: o sistema de governo dele abre portas para a cegueira arrogante e o autoengano egoísta, onde ultra trapaças caem como uma luva, vide o caso onde o Facebook foi capaz de criar uma distopia matrixiana, onde pessoas se transformaram em produtos cibernéticos plugados em câmaras digitais, frias e indiferentes, que em um mercado negro comercializava dados visando o lucro apenas dos chefes maiorais.

O trade político é movido mesmo pelo morde-morde e pelo constante ranger de dentes, onde a esquerda, o centro e a direita se digladiam via bots automáticos e fanáticos inflamados. A máquina do atrito ideológico é diariamente reiniciada por gurus reacionários e bastiões de ideias 'marxistas'; que, juntos, põem o debate político nos moldes prontos, formas e artimanhas como teorias da conspiração, desinformação e ataque ad hominem. É uma beleza! Nessa realidade, faça sol ou chuva, Bolsonaro se desintegra suave e gritantemente.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Jesus não está com Bolsonaro


Que a política está de alguma forma ligada à manifestações religiosas desde os primórdios isso é sabido, o problema é quando essa relação rui e prejudica o povo com opressões e supressão de direitos. A exemplo do que aconteceu no tempo de Jesus onde grupos sectários de pessoas religiosas e "de deus" se ligaram e se venderam à um governo autoritário Romano para obter benefícios em custa do esvaziamento dos verdadeiros valores morais e religiosos, que Deus tinha passado na Lei e nos Profetas, hoje em dia no Brasil grupos de fariseus e evangélicos ignorantes se entregaram cegamente à uma mentalidade maquiavélica de um governo confuso, incerto e equivocado de Bolsonaro. Para muitos desses "cristãos” Deus virou o estado, um estado autoritário com características de um anticristo. Porém, Jesus não está com Bolsonaro, Jesus não está com o neonazismo, Jesus não está com a perpetuação de injustiças. Jesus é o novo de verdade e Ele não é desse mundo. "Pilatos respondeu: Porventura, sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste? Respondeu Jesus: O meu Reino não é Deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus, mas agora, o meu Reino não é daqui." (João 18:35-36). Um governo "cristão" e evangélico como está aí só terá a tendência de criar uma besta ditatorial de base idólatra, cega, ignorante e diabólica. O governo de Jesus Cristo não é um mito, é o caminho, a verdade e a vida. O principado da paz. Já Bolsonaro atende não mais do que as hostes das trevas e das sombras de ideologias apodrecidas.