sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Relacionamentos amorosos


E há os tipos de amor,  é isso mesmo, existem diferentes tipos de relacionamentos amorosos entre nós seres humanos. Como lidar?  Vamos distinguir:

·                     Filía

Este termo vem do grego philia e significa 'amizade'. Vivemos este tipo de amor na família e entre membros das comunidades onde convivemos. Entre os afetos compartilhados pode-se destacar a fraternidade, generosidade e estima mútua. A respeito da amizade Aristóteles explica:


"os que desejam bem aos seus amigos por eles mesmos são os mais verdadeiramente amigos. Mas é natural que tais amizades não sejam muito frequentes, pois que tais homens são raros. Acresce que uma amizade dessa espécie exige tempo e familiaridade. Como diz o provérbio, os homens não podem conhecer-se mutuamente enquanto não houverem "provado sal juntos" [convivência prolongada entre pessoas]; e tampouco podem aceitar um ao outro como amigos enquanto cada um não aparecer estimável ao outro e este não depositar confiança nele. Os que não tardam mostrar mutuamente sinais de amizade desejam ser amigos, mas não o são a menos que ambos sejam estimáveis e o saibam; porque o desejo da amizade pode surgir depressa, mas a amizade não." 
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·                     Ágape

Ágape vem do grego e quer dizer "amor fraternal". Isso porque entre os primeiros cristãos, o termo representava as confraternizações espontâneas, onde se reuniam pessoas de todas as classes sociais numa unidade cheia de graça, seria o "amor ao próximo" ensinado por Jesus posto em prática. Esse amor supõe incondicionalidade visto que não espera reciprocidade ou retribuição. Vemos em Atos dos Apóstolos um relato de como vivia nesse tipo de amor a igreja primitiva:


"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar." (Atos 2:42-47) ²

·                     Eros

Na psicologia de Freud, eros (não a libido) não está unicamente ligado ao apetite sexual mas à uma força vital, o desejo de viver. Uma vontade que favorece a criação e reprodução. Em filosofia, porém, numa definição mais simplista alguns defendem que eros refere-se às relações amorosas  em essência, havendo a necessidade de reciprocidade e uma paixão onde se deseja o desejo do outros. Em O banquete de Platão há um diálogo onde a partir de uma analogia mitológica é defendido o amor recíproco, porém ainda utilizando o recurso do mito, Sócrates, nesse mesmo diálogo, defende a ideia de que o amor é apenas um anseio humano por uma totalidade do ser, num caminho de aperfeiçoamento do próprio eu. Semelhantemente Platão remete a uma alegria oriunda da atividade racional:

"Tal é, segundo penso, o fim que é preciso ter sem cessar diante dos olhos para dirigir sua vida. É preciso que cada um emprenhe todas as suas forças, todas as do estado na direção desse fim, a aquisição da justiça e da temperança como condição da felicidade." 
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·                     Amor-próprio

É possível ter um amor-próprio saudável, conquanto que seja de forma equilibrada, não seja egoísta, narcisista. Cuidar de si, ter bom senso, como Jesus fazia (Marcos 6:31, 32) em harmonia com o amar à Deus (João 14:31) e o amar o próximo (Mateus 20:28).

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¹ ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, VII, 3, 1156b 30. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 382.

² A BÍBLIA. Unidade dos primeiros cristãos. Tradução de João Ferreira Almeida. Rio de Janeiro: King Cross Publicações, 2019. Velho Testamento e Novo Testamento.
³ PLATÃO. Oeuvres completes: Georgias. Tome III, 2e. Partie. Paris: Société D'Édition "Les Belles lettres", 1949. p. 187.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

O surgimento de grupos políticos fascistas no cenário mundial, que apoiam Bolsonaro e Trump por exemplo, revela uma decadência espiritual


As pessoas estão se distanciando de Deus. Manadas de pessoas levadas à paixões cegas de cunho político e religioso têm agido sob influência de principados e potestades caóticas. A tendência é 'ladeiro a baixo', não conseguem se conter, como quem reage histericamente à um comichão nos ouvidos, os vasos de desonra estão com pressa em demonstrar os frutos amargos, espinhosos e desumanos. 

O diabo está derrotado, mas deseja interromper os desígnios divinos em nossas vidas, coisa impossível se ficarmos firmes, por isso mesmo que ele e os seus seguidores espumam tanto nesses tempos pois o prazo está se encerrando: “...Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” - Apocalipse 12:12.

O alerta para aqueles que vigiam e não dormem nesses tempos de turbulência político-social onde fascistas inescrupulosos que glorificam a morte e a tortura são homenageados em púlpitos evangélico-pentecostais e católicos, é vestir a armadura de Deus! "Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais." - Efésios 6:11-12.

Estamos entrando no auge da era do egoísmo e da insensatez política. Pessoas morrendo por bandeiras e partidos políticos, vendendo a alma para suplantar bodes expiatórios com o intuito de fugir da responsabilidade, escondendo assim os próprios crimes e criando arqui-inimigos muitas vezes imaginários.

As artimanhas dos anticristos que se levantaram nesses dias é distorcer dados, fatos históricos e negar não só ao evangelho puro de Cristo, mas também a ciência. Esses são os criadores de notícias falsas que previu o apóstolo Paulo em 2 Timóteo 3.1-3  “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas… desafeiçoados… caluniadores…”

Assim, que nossos olhos de discípulos estejam atentos e os nossos corações sejam sábios, pois “O Diabo, o inimigo... anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos.” - 1 Pedro 5:8-9.

Renovemos nossas esperanças, conhecimento e fé em Jesus, Ele em breve virá sobre as nuvens. Amém!